Zé Pelintra é uma personagem folclórica e espiritual das mitologias afro-brasileiras e regionais da umbanda e do catimbó. Bastante considerado, especialmente entre os umbandistas, como o espírito patrono dos bares, locais de jogos e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do malandro. No seu modo de vestir, bastante típico, Zé Pelintra é representado trajando terno completo na cor branca, sapatos de cromo, gravata grená ou vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta. Apesar de ter importância religiosa tanto para os praticantes de catimbó quanto de umbanda, Zé Pelintra é entidade originária desta última. A absorção da entidade de uma religião por outra se processou quando os grandes centros urbanos do sudeste do Brasil passaram a englobar antigas áreas rurais e estimular a migração de trabalhadores de outras partes do país, em seu processo de desenvolvimento. Na medida em que isso foi acontecendo, os sacerdotes do catimbó passaram a considerar Zé Pelintra como uma entidade pertencente também, ao seu próprio culto. Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões domésticas, de negócios ou financeiras e é reputado como um obreiro da caridade e da feitura de coisas boas.

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